Histórico

Cooperativas agrícolas da Região Oeste do Estado do Paraná, localizadas nas cidades de Cascavel, Toledo, Palotina, Marechal Cândido Rondon e Campo Mourão, sob forma de condomínio adquiriram uma área de terras junto ao Porto de Paranaguá. A seguir formaram um consórcio de cooperativas, com vistas à exportação de seus produtos e elaboraram um projeto de quatro armazéns graneleiros, cada qual com a capacidade de 25 mil toneladas cada, ou seja, um total de 100.000 toneladas.

Logo depois a este consórcio juntaram-se outras três cooperativas, de Medianeira, Capanema e Cafelândia, constituindo um conjunto de oito unidades.

Esse projeto inicial foi desenvolvido com a assistência financeira do BRDE–Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul e recursos do Banco Central do Brasil, que acabou se transformando na unidade Terminal Portuário de Paranaguá, já com capacidade de recepção de 1.000 toneladas por hora e embarque nos navios a uma velocidade de 1.500 toneladas/hora.

O consórcio evoluiu, sobrepujando o estágio de simples metas comuns para dar lugar a uma comunhão maior de interesses, dentro de um perfeito espírito cooperativista. Esboçava-se uma entidade mais forte. Além do terminal marítimo, pretendiam as oito cooperativas, desenvolver atividades econômicas e sociais de caráter comum.

Em consequência desse desejo as duas entidades criadas inicialmente – o Condomínio e o Consórcio – foram substituídas por uma forma legal mais coerente e dinâmica, sendo constituída então em 13 de dezembro de 1975 a Cooperativa Central Regional Iguaçu Ltda – COTRIGUAÇU, uma cooperativa de segundo grau com os objetivos de:

1º – Integrar as atividades econômicas, em maior escala, no interesse das cooperativas filiadas;

2º – Orientar as atividades econômicas e assistenciais;

3º – Coordenar a utilização recíproca de serviços;

4º – Desenvolver os interesses e atividades econômicas de caráter comum;

5º – Aprimorar as atividades econômicas e assistenciais.

Já em 1976, participava nada mais, nada menos que 11,50% das exportações do Brasil e 47,9% das exportações do Estado do Paraná.

No ano seguinte, em 1977, após a conclusão das obras, foi realizado cerimonial oficial de inauguração com a presença dos excelentíssimos senhores Ernesto Geisel – Presidente da República; Jayme Canet Junior – Governador do Estado do Paraná; além do Ministro da Agricultura, Ministro dos Transportes, Ministro da Educação e de inúmeras autoridades civis e militares.

1984 foi um dos melhores, senão o melhor ano para a Cotriguaçu. O resultado superou todas as expectativas em 502% acima do realizado no exercício anterior.

A Cotriguaçu investe em 1987 na Unidade de Paranaguá, ampliando a capacidade de armazenagem de grãos e farelos para 150.000 t estáticas.

Também participa ativamente no propósito de trazer até a região Oeste do Estado os trilhos da malha ferroviária, a tão almejada FERROPAR, sonho este, que só se concretiza 10 anos mais tarde.

O ano de 1993 foi de especial responsabilidade para a Cotriguaçu, em consequência dos elevados investimentos realizados nos últimos quatro anos, superando US$ 11,5 milhões, e devido às incertezas ao futuro da agricultura e pela falta de uma política agrícola oficial bem definida. Apesar das dificuldades, o ano é marcado pela inauguração da unidade de moagem de trigo com 25.007 metros quadrados e capacidade inicial de processamento de 200 toneladas por dia.

Em 1997, é dobrada a capacidade de produção da indústria de transformação de trigo, que passa de 200 para 400 toneladas por dia.

1998 – ano de ousadas mudanças, dando continuidade ao que já se iniciara no ano anterior, promovendo mudanças organizacionais e a modernização do Porto de Paranaguá.

No ano de 1999 a Cotriguaçu continua na busca por modernização, implantando sistema on-line com suas unidades, promovendo mais investimentos no Porto de Paranaguá, e, atendendo as exigências internacionais, obtém a certificação ISO 9002 para o Moinho de Trigo e Terminal Portuário.

Em 2000, no Moinho de Trigo é investido na construção de 5 novos silos com a capacidade para 25.000 t, elevando a armazenagem para 50.000 t.

Em 2004 foram realizados investimentos para ampliação do Terminal Portuário, com a construção da 2ª linha de embarque – com capacidade para 1.500 t/h; balança de fluxo para 1.500 t/h e novo desvio ferroviário ; construção de moega com 3 linhas de descarga ferroviária com capacidade de 500t/h cada; instalação de 2 tombadores de bitrens na moega rodoviária; instalação do sistema de captação de pó em todos os fluxos: descarga rodoviária e ferroviária; embarques, elevadores; balança de fluxo; casa de transferências e correia móvel; aquisição de equipamentos para ampliação de embarque; ampliação da subestação de energia elétrica e sistema de ar comprimido. Neste ano houve a alteração da Razão Social para: COTRIGUAÇU Cooperativa Central, e também da Identidade Visual.

Em 2005 no Moinho de Trigo houve a aquisição do sistema de pré-limpeza, e, ainda, ocorreram vários fóruns de discussões ambientais e tributários com a participação das cooperativas filiadas e coirmãs da Região Oeste do Paraná.

Foram realizados investimentos em 2007 com a aquisição de 24 caminhões bitrens para o transporte de farinha e farelo de trigo para clientes.

Em 2008 o Moinho de Trigo conquistou a ISO 22000 (Segurança Alimentar) sendo o primeiro Moinho da América Latina a possuir a ISO 9001 e ISO 22000 ao mesmo tempo.